Telebras pode ampliar acesso à banda larga

Como alternativa para ampliar o sistema de banda larga no Brasil, o governo voltou a discutir nesta terça-feira mecanismos que permitam a reativação da estatal Telebras como empresa para funcionar como gestora de uma rede de internet de alta velocidade alternativa à hoje controlada pela iniciativa privada.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se reuniu nesta tarde com oito ministros e com o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, estuda como a empresa poderia incorporar os atuais 16 mil quilômetros de redes de fibras ópticas da Eletronet (empresa criada a partir da associação da americana AES e da Eletrobrás), possivelmente utilizando infovias (linhas digitais de tráfego de dados eletrônicos) de outras estatais, como a Petrobras e Furnas.
O Plano Nacional de Banda Larga, que deve ser instituído por decreto presidencial, não tem consenso dentro do governo e uma nova reunião deverá ser agendada para dentro de três semanas.
Preliminarmente, estão em análise dentro do governo possibilidades como a desoneração de aparelhos utilizados nos serviços de banda larga e um escalonamento da ampliação do uso de internet de alta velocidade com perspectivas específicas para 2010, 2012 e para a ampliação da rede de comunicação em 2014, durante a Copa do Mundo de futebol.
Nesta tarde, o Ministério das Comunicações chegou a anunciar que o ministro Hélio Costa apresentaria na reunião com Lula uma proposta com metas de ampliar, por exemplo, para 30 milhões o volume de acessos fixos individuais no Brasil e atingir até 2014 o patamar de 60 milhões de acessos banda larga móvel, entre terminais de voz e dados. As informações de Costa, no entanto, não foram externadas no encontro.
O assessor do presidente, César Alvarez, e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, divulgaram ao governo as linhas gerais do plano de banda larga, mas o próprio presidente pediu mais detalhes sobre a proposta, como o valor necessário para a implementação do projeto e possíveis fontes de recurso.
Por ora, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, diz não haver decisão sobre um eventual papel do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nas discussões.
Tomara. Vamos aguardar.

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