Localize pessoas no Haiti pelo site da Cruz Vermelha

Centenas de haitianos no país e no exterior estão tentando estabelecer contato com parentes e amigos por meio de um site criado depois do devastador terremoto de terça-feira, disse o Comitê Internacional da Cruz Vermelha na quinta-feira.

Cerca de 1.360 haitianos, a maioria radicados nos EUA e Canadá, se registraram em questão de horas no site www.icrc.org/familylinks, segundo Marçal Izard, porta-voz do CICV.

A maioria parece estar à procura de parentes em Porto Príncipe, a devastada capital haitiana.

“Eles incluem 148 haitianos no Haiti, que se registraram dizendo que estavam vivos”, disse Izard à Reuters. “A mídia social, inclusive o Facebook, desempenhou um enorme papel ao fazer links para o nosso site.”

Robert Zimmerman, diretor-adjunto da Agência de Rastreamento Central e Divisão de Proteção do CICV, disse em nota que “a meta do site Family Links é acelerar o processo de restaurar o contato entre familiares separados”.

Estima-se que o terremoto de magnitude 7,0 tenha deixado dezenas de milhares de mortos, e muita gente ainda está sob os escombros. Muitas linhas telefônicas foram cortadas, dificultando a busca por notícias. Por isso, segundo a Cruz Vermelha, o site será uma “ferramenta crucial” para esclarecer o destino dos desaparecidos.

O CICV, organização humanitária neutra, com sede em Genebra, administra o site em cooperação com a Cruz Vermelha Nacional Haitiana e outras agências.

“No terreno no Haiti também estamos recebendo pedidos (de rastreamento) de pessoas nas ruas que não têm acesso à internet. Vamos colocar seus dados no site”, disse Izard.

Há décadas o CICV ajuda que famílias afetadas por guerras e desastres naturais localizem parentes. Mas só nos últimos anos a entidade passou dos registros em papel para a forma digital.

Um avião levando 11 funcionários do CICV, inclusive dois especialistas em localização de pessoas, partiu na quinta-feira de Genebra e deve chegar no mesmo dia a Porto Príncipe.

Outro avião, cargueiro, deveria decolar antes das 12h (hora local da Suíça) com 40 toneladas de materiais médicos e cirúrgicos, o que inclui cem macas e 3.000 sacos para cadáveres, segundo Izard.

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