Irã vai proibir o Gmail no país

Em um movimento que marca o 31º aniversário da Revolução do Irã, comemorado nesta quinta-feira, a agência nacional de telecomunicações do Teerã afirmou que o Gmail, o serviço de e-mail do Google, será banido do país.

O órgão afirmou que a estratégia tem o objetivo de incentivar o uso de serviços de e-mail locais.

A decisão foi anunciada primeiramente pelo Wall Street Journal, um mês após o Google ameaçar deixar a China por medo de que seus sistemas pudessem ser atacados por hackers chineses.

O anúncio iraniano foi entendido como parte de uma maior repressão aos protestos da oposição que marcam o aniversário da revolução.

Na semana passada, foram registrados relatos de interrupções nos serviços de internet, bem como atrasos na entrega de mensagens via SMS.

Em junho do ano passado, em meio aos protestos que ocorreram depois das eleições do Irã, Eric Schimidt, executivo do Google, alertou sobre a possibilidade de o regime iraniano promover uma espécie de blecaute na mídia.

O YouTube, serviço de upload e compartilhamento de vídeos do Google, foi um dos veículos mais utilizados na rede para divulgar os protestos em todo o mundo.

Um porta-voz do Google disse que muitos usuários do Irã têm mencionado dificuldades no acesso ao Gmail. “Podemos confirmar que ocorreu uma queda acentuada do tráfego. Analisamos os nossos sistemas e percebemos que eles estão funcionando normalmente”, completou.

“Sempre que encontramos qualquer tipo de bloqueio aos nossos serviços, tentamos resolver o problema o mais rápido possível. Afinal, realmente acreditamos que as pessoas de todos os lugares do mundo têm o direito de se comunicar livremente por meio da internet. Infelizmente, algumas vezes isso foge ao nosso controle”, concluiu o porta-voz da empresa.

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