Por Marlos Mendes
Afinal, desde o remoto momento da História em que um homem fez soar um tambor, a música sempre fora uma experiência social.
Ao ver alguém entretido com fones, pode-se ter a impressão de que o MP3 tornou a música uma experiência solitária.
Redes sociais com áudios mostram que a impressão é enganosa.
Depois da Last.fm, a primeira a explorar a idéia, o novo sucesso entre os brasileiros chama-se Blip.fm. Tudo começa com um link no Twitter ou um convite por e-mail para acesar http://blip.fm. “Recebi dez convites em dois dias, todos pelo Twitter”, conta o analista de TI Alberto Gambardella, fã de Iron Maiden e Pink Floyd.
Não é coincidência. Se o Twitter pergunta “O que você está fazendo?”, o Blip pergunda “O que você está ouvindo?”. O site já é conhecido como o Twitter da música. “Descobrir novas músicas é um processo coletivo. E é muito melhor receber indicações de pessoas em quem confiamos do que de um algoritmo gerado por computador”, explica Jeff Yassuda 36 anos, um dos criadores do site, e fã de Jimi Hendrix.
Expansão rápida
O serviço é gratuito. O internauta faz um cadastro e indica pelo menos três artistas ou músicas de que gosta. Com base nas respostas, o site tenta encontrar pessoas com gosto parecido na rede. Você tem a opção de convidar seus contatos de webmails como Gmail e Yahoo! ao fim do cadastro. O que, aliás, ajuda a idéia a se espalhar como um vírus (do bem).
“Mandei a dica para o meu mailing. Todo mundo aderiu”, conta a promoter e DJ paulista Lalai, 35 anos, que já tem mais de mil seguidores em sua rede no Blip.
“Descobrir novas músicas é processo coletivo. É melhor receber indicações de gente do que de algoritmo de computador.”
Jeff Yassuda, 36 anos, criador da blip.FM e fã de Jimi Hendrix
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