Como funciona o TransferJet

Da série ‘TransferJet – Tecnologia promete acabar com transferência por cabos
O grande segredo do TransferJet é unir a velocidade da tecnologia UWB – sigla para Ultra Wide-Band, ou “banda ultralarga”, presente em equipamentos que permitem a conexão através de uma espécie de rede sem fio de curto alcance, como teclados e mouses wireless – com a facilidade dos aparelhos com NFC (sigla em inglês para Comunicação de Campo Próximo), que funcionam de maneira semelhante ao Bluetooth, ou seja, através de conexão de alta frequência.
Por utilizar um sinal de baixa frequência (4,48 GHz), o alcance máximo do sinal TransferJet é de aproximadamente 3 cm, o que permite o sistema de toque e aproximação.
Além disso, dentro desse campo é possível fazer com que arquivos sejam trocados com a velocidade máxima – que na prática alcançou “apenas” 375 Mbps.
E é por causa dessa frequência abaixo das ondas de rádio e de outros componentes que é possível realizar transferências com outros equipamentos sem sofrer qualquer tipo de interferência. Com isso, você pode compartilhar dados via TransferJet com um amigo enquanto alguém ao seu lado utiliza o Bluetooth ou o sinal de internet wireless.
A Sony publicou um material online que explica detalhadamente todos os recursos e especificidades técnicas do novo recurso. Caso queira aprofundar-se no assunto, você pode conferir clicando aqui.

Toque e passe com segurança

O sistema de transferência por toque surgiu a partir do modelo japonês de metrô. No caso, os passageiros pagam as passagens em fração de segundos simplesmente encostando um cartão em um aparelho na entrada das estações. O movimento de toque era tão intuitivo que em pouco tempo o sistema de pagamento foi largamente aceito pela população.
No caso do TransferJet, a transferência de arquivos é feita de maneira semelhante ao exemplo do metrô japonês. Para enviar uma imagem, música ou até mesmo um vídeo de um celular para outro, basta encostá-los. A Sony aposta então em uma tecnologia que utiliza um movimento natural para facilitar a aceitação e o entendimento de qualquer pessoa.
À primeira vista, o curto alcance do sinal do TransferJet pode parecer uma desvantagem, mas a proposta é exatamente o oposto. Com um raio de curto alcance – apenas 3 cm –, a tecnologia é mais econômica, já que não se “força” o aparelho a buscar sinais, e oferece mais segurança do que outros métodos de troca de arquivos wireless.

Ao contrário do que acontece com o sinal de Bluetooth, por exemplo, o sistema de reconhecimento por proximidade evita que você capte um sinal indesejado de outro aparelho – quem nunca encontrou diversos celulares desconhecidos enquanto tentava enviar algum arquivo para um amigo ao lado? Além disso, também impede que transferência sofra com interferência externa de outros sinais ou que os dados sejam interceptados por outro equipamento.
Transferência com segurança. Foto: Reprodução/SonyPara tornar o envio ainda mais seguro, o TransferJet possibilita a criação de uma espécie de registro de aparelhos. Com isso, você pode especificar quais celulares ou câmeras têm permissão para enviar arquivos para você. Funciona de maneira semelhante ao que já vem sendo utilizado na comunicação via Bluetooth, porém, uma vez cadastrado e aceito, aquele sinal é visto como confiável e pode enviar dados automaticamente, sem necessitar de uma autorização do usuário. É claro que essas opções podem ser alteradas.
Assim como acontece com outros tipos de conexão sem fio, o TransferJet também deve procurar sinal, selecionar e autenticar usuário para então permitir a conexão. A diferença é que a nova tecnologia da Sony funciona a partir de um toque entre os aparelhos: um método mais simples, prático e incrivelmente rápido se comparado com outros.

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