Photosynth transforma fotos comuns em imagens 3D

O Photosynth é uma mistura de software com serviço online que permite juntar fotos numa composição 3D.
A Microsoft liberou o Photosynth para o público geral. Antes, era possível apenas visualizar algumas imagens de demonstração.
Agora, qualquer pessoa pode criar sua própria composição 3D com fotografias e publicá-la na web.
Cada usuário pode ocupar, gratuitamente, até 20 GB no site Photosynth.net para armazenar suas imagens.
Para isso, é preciso baixar um programa de 8,2 MB. Ele instala um plug-in que funciona com Firefox e Internet Explorer (no Windows Vista ou XP) e permite tanto visualizar como criar composições 3D.
Entre as composições já disponíveis no site estão uma da Catedral da Sé e outra do Monumento às Bandeiras, ambos em São Paulo. Há também paisagens de lugares como o Taj Mahal, na Índia, e o Grand Canyon, nos Estados Unidos. Em todas elas, o usuário vai clicando sobre a imagem para explorar as muitas fotos (em alguns casos, centenas) que fazem parte dela.
É possível começar com uma visão geral e, progressivamente, ir observando os detalhes.

Microsoft Photosynth disponível para todos

Essa forma de visualização lembra um pouco o Google Earth e os sites de mapas na web. O que é diferente é que o Photosynth analisa as imagens e tenta identificar objetos tridimensionais nelas. As fotos são dispostas num espaço 3D e é possível observar a geometria dos objetos na forma de uma nuvem de pontos.
Essa visualização por pontos ainda é um pouco tosca. Pode melhorar muito no futuro. Mas é notável que o software consiga extraí-la de fotos totalmente bidimensionais.

Juntando as peças

Criar uma composição não é difícil, mas é trabalhoso. Primeiro, é preciso fazer as fotos (algo entre 100 e 200 parece ser o ideal) enfocando o objeto de diferentes pontos de vista, obtendo tanto tomadas gerais como de detalhes. Depois, no programa, indicam-se as imagens a ser processadas e o tipo de direito autoral desejado (as opções incluem domínio público, Creative Commons e copyright). O processamento é feito no próprio micro e pode ser bastante demorado. Por isso, não é má idéia deixar o programa rodando durante a noite, por exemplo.
Em alguns casos, o Photosynth não consegue encaixar todas as fotos na composição e algumas delas sobram. Nessa situação, não há nada a fazer, já que não há uma forma de indicar manualmente em qual parte do quebra-cabeça a foto se encaixa. Outra limitação é que, uma vez montada uma composição, não é possível acrescentar mais fotos a ela.
Apesar de a Microsoft alertar que o Photosynth faz uso intenso dos recursos gráficos, consegui rodá-lo até num micro relativamente fraco, com apenas 512 MB de memória e placa de vídeo embutida. Na maioria dos testes que fiz, não houve problemas. No entanto, o Internet Explorer travou quando tentei visualizar uma imagem de resolução extremamente alta (na faixa de gigapixels) nele.

Comunitário ou corporativo?

Por enquanto, o site é gratuito. Mas é óbvio que a Microsoft vai procurar ganhar dinheiro com ele no futuro. Ele tem um potencial óbvio para demonstrações virtuais de produtos. Uma montadora pode, por exemplo, colocar uma composição com fotos de um novo carro no seu site.
Uma imobiliária pode criar composições com fotos de imóveis à venda. Imagens de um jogo 3D também podem ser carregadas no Photosynth. Assim, torna-se possível ter uma idéia do ambiente virtual desse jogo sem instalá-lo. Outra coisa que poderá acontecer no futuro é a montagem de composições comunitárias, formadas por fotos de muitos autores.

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