Perez Hilton – O blogueiro mais odiado de Hollywood

Muito do que se sabe sobre como Hilton chegou até aqui já virou lenda.

Ele se mudou para Nova York quando tinha 18 anos, fez o curso completo de teatro na Universidade de Nova York, abraçou sua homossexualidade pela primeira vez, mudou-se para Los Angeles depois de se formar, foi despedido de dois empregos, retornou a Nova York, foi contratado para escrever fofocas na revista Star, odiou, entrou em profunda depressão, pensou em suicídio (“Eu ia cortar meus pulsos, ou tomar remédios, ou tomar um tiro, ou pular de um prédio.

Pensava nisso todo dia”), foi mandado embora da revista e então começou a trabalhar período integral num blog de fofocas que ele começou por hobby e batizou de pagesixsixsix.com, como a famosa página de fofocas do jornal New York Post. Ainda era Mario Lavandeira nessa época.

Em 2005, entretanto, o Post o processou, e ele escolheu um novo codinome: Perez Hilton, combinando suas raízes latinas à garota-faz-nada mais famosa do mundo. Então rebatizou seu blog como perezhilton.com. Foi nessa época que o programa The Insider o classificou como “o site mais odiado de Hollywood”. Ele estava no mapa e estava crescendo rápido.

Sobre Mario, no entanto, pouco se sabe. O que já foi publicado conta que seus pais são cubanos, que ele cresceu em Miami, freqüentava uma escola jesuíta para meninos e saiu da cidade assim que pôde. E é isso. Hilton gosta desse jeito. “Comecei a ter a vida que escolhi depois de sair de Miami”, conta. “Qualquer coisa que veio antes dos 18 anos não importa. Depois dos 18, foi quando comecei a ser eu mesmo, a sair, ser gay, assistir a peças de teatro, namorar e coisas do tipo.”

E que tipo de criança era Mario, além de ter sido um ser esquisito que só assistia TV e ficava na cama? Hilton não fala muito sobre essa fase, mas com o tempo, alguns detalhes surgem. Ele não gostava de sair de casa. Nunca cortou a grama. Ele teve oportunidade de ir pescar com o pai, mas nunca aconteceu. Não tinha muito em comum com o resto das crianças. A mãe dele era uma fofoqueira. Quando tinha 7 anos, Mario já sabia que era gay. Tinha medo do mar e do que ele poderia conter – monstros marinhos e tubarões, principalmente.

Na sua própria casa, tinha medo da privada, temia que alguma coisa sairia ali de dentro, agarraria sua bunda gorda e o levaria para lá. Entre os 4 e 8 anos, ele fez cocô na calça três ou quatro vezes, de repente, sem querer, foi tão traumatizante e triste que ele lembra cada instante até hoje.

Seu pai, o cara que trazia seu jantar tantas vezes, morreu quando Mario tinha 15 anos. Ele não se importou muito. “Evitei todo o processo de luto”, conta. “Era verão, e eu tinha um emprego de assistente de escritório. Então voltei ao trabalho. É o que faço. Não deixo as coisas me aborrecerem. Eu fui uma criança feliz. Vivia no meu mundinho de fantasia. Minha infância foi divertida.”

Dentro do avião para Las Vegas, Hilton adormece imediatamente, com uma revista de fofoca Us Weekly (sua favorita) caindo sobre seu peito, um de seus dentes de vampiro aparecendo por entre seus lábios secos e vermelhos.

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