Estudo americano visa aumentar confiabilidade dos detectores de mentira

Projeto pretende substituir ou, pelo menos, complementar os atuais polígrafos.

Por Fabiana Baioni

A comunidade de inteligência americana está em busca da verdade.
Como se não bastassem os detectores de mentira como polígrafos e medidores de stress vocais, a intenção da organização governamental norte-americana
Iarpa (que em português, numa tradução livre, significa Fomento a Projetos de Pesquisas em Inteligência Avançada) é desenvolver sensores e softwares que ajudem a avaliar a confiança e a confiabilidade humana.

Segundo o blog Danger Room da revista Wired a Iarpa discutiu, em conferência feita em dezembro do ano passado, o projeto que eles denominaram TRUST, abreviação de Tools for Recognizing Useful Signals of Trustworthiness (e que em português significa: Ferramentas para Reconhecimento de Sinais Úteis de Confiabilidade). Agora, a Iarpa iniciou o processo de propostas para esse projeto, que pode ter três fases e durar cerca de cinco anos em uma reforma gradual.

Os polígrafos atuais distinguem verdade de mentira por meio da detecção de tensão e relaxamento daquele que está sendo submetido ao teste. A idéia dessa comunidade de inteligência é trazer um pouco mais de confiabilidade aos detectores de mentira. Para a Iarpa, os substitutos para esses padrões de avaliação devem ser quatro: sinais neurais, psicológicos, fisiológicos e comportamentais. Além disso, a organização pretende eliminar os fatores que possivelmente possam facilitar a fraude nos laudos de polígrafos e outros detectores.

A Iarpa pretende reunir propostas de diferentes estudiosos que consigam apontar cada um desses elementos e descrever como eles mudam quando alguém está mentindo ? e, com isso, idealizar um novo mecanismo para detecção de mentiras capaz de perceber essas alterações.

Estudos posteriores já estão sendo discutidos. Um dos objetivos é estudar como, quando, por que e o que faz com que as pessoas classifiquem alguém como confiável e entender a partir de que momento essa pessoa deixa de merecer a confiança de alguém.

Depois de todas essas informações recolhidas, a primeira fase do novo detector de mentiras será o teste ostensivo em humanos. A idéia da Iarpa é aprender com os melhores. E a agência já iniciou um processo de recrutamento de participantes que ?tenham a capacidade sobre-humana de detectar e prever com um alto nível de precisão quem está ou não está agindo de forma confiável”.

A Iarpa é uma organização governamental ligada ao Diretor de Ciência e Tecnologia da Secretaria Nacional de Inteligência dos Estados Unidos. Mais informações podem ser obtidas no site oficial, em www.iarpa.gov.

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One Response

  1. tiago 15 de outubro, 2016

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