China alerta Google, mas acordo sobre Internet parece próximo

PEQUIM, 12 de março (Reuters) – A China advertiu o Google contra violações da lei do país nesta sexta-feira, enquanto crescem as expectativas sobre uma solução para a disputa pública entre a empresa e as autoridades do país sobre censura e segurança na computação. O presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, declarou esta semana que esperava anunciar em breve o resultado de negociações com as autoridades chinesas sobre a oferta de um serviço de buscas sem censura no país. “O Google apresentou seus argumentos, de forma tanto pública quanto privada”, disse Li Yizhong, ministro da Indústria e Tecnologia da Informação chinês, mas sem confirmar diretamente que existem negociações entre seu ministério e a empresa.

O Google ameaçou em janeiro abandonar a China caso não possa oferecer um serviço de buscas sem censura no país, depois de ataques que a empresa afirma terem sido originados na China contra seus sistemas e os de cerca de 30 outras companhias.

“Caso você não respeite as leis chinesas, está demonstrando inimizade e irresponsabilidade, e terá de arcar com as consequências”, disse Li a jornalistas, em resposta a uma pergunta sobre o que a China faria se o Google.cn simplesmente pare de filtrar os resultados de buscas.

Cabe ao Google decidir se deseja ou não permanecer no mercado da China, acrescentou.

Funcionários do ministério vêm oscilando entre confirmar e negar que há conversações em curso, em resposta a repetidas perguntas da imprensa durante a sessão anual do Legislativo chinês.

“O assunto é realmente quente, e responder é ao mesmo tempo fácil e nada fácil. Muitas dessas questões não cabem ao meu ministério”, disse Li.

O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação compartilha da responsabilidade por fiscalizar a Internet chinesa com outras organizações e ainda outras burocracias estão envolvidas em assuntos de investimento estrangeiro, o que complica a resposta do governo chinês à contestação do Google.

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