Brasil tem 7 celulares para cada 10 habitantes

O Brasil tem mais de 150 milhões de telefones celulares habilitados, segundo a Anatel.
Só em 2008, o mercado nacional adicionou cerca 27,7 milhões de aparelhos, um crescimento de aproximadamente 22,6%, chegando a 150,6 milhões de aparelhos.
Entre novembro e dezembro do ano passado, foram comercializados mais de 3,5 milhões aparelhos móveis no País, menos que os 4,6 milhões registrados no mesmo período de 2007.
Na comparação ano a ano, o Brasil teve um crescimento de 24,5%, saltando de 120,9 milhões de celulares em dezembro de 2007 para mais de 150 milhões de telefones móveis no último mês do ano passado. Com uma população estimada pelo IBGE de 190 milhões de habitantes, esse número representa 7 celulares para cada grupo de dez brasileiros.
“O mercado realmente está crescendo, mas o Brasil ainda tem muito espaço para crescer”, comenta Vinícius Caetano, analista de telecomunicações da consultoria IDC. Ele ressalta que a análise da Anatel contabiliza casos de usuários, especialmente pré-pagos, que mudam de operadora e mantêm o número do telefone. “O número sobrevive por seis meses”, informa.
A Vivo mantém a liderança, com 29,84% do mercado, seguida pela Claro, com 25,71% e pela TIM, com 24,17%. A Oi, que recentemente concluiu a compra da Brasil Telecom, conta com 19,91% de market share – já somadas as participações de mercado das duas operadoras.
O mercado nacional continua formado predominantemente por telefones pré-pagos, com 81,47%, contra 18,53% de pós-pagos. Caetano acredita que o crescimento do mercado a partir de agora ocorrerá entre aquelas pessoas que ainda não têm telefone móvel, especialmente população de classes mais baixas.
“Comparando Brasil e Argentina, a taxa de penetração por aqui é bem menor. Lá, é de mais de um celular por habitante, aqui ainda não, o que quer dizer que vai crescer”, analisa Caetano, que não quis estimar o crescimento do mercado brasileiro em 2009, porque a IDC está revendo os números.
Para conquistar novos clientes, o analista aposta em uma tendência de segmentação das operadoras, de acordo com o perfil dos usuários. “Determinada empresa vai oferecer um serviço mais premium, outra vai focar mais em pré-pago. Elas vão ter que dar um jeito de atender melhor os clientes”.

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